Hoje vou sair arrumado e alto, caminharei ereto pelos passeios, não pisarei em telhas, nem molharei os pés, andarei apenas como se espera. Não tocarei o chão com as mãos, não lamberei a água das poças, não defecarei nas calçadas. Estarei barbeador, com a roupa esticada, os cabelos húmidos bem-assentados sobre a cabeça. Sou o ultimo nesta Terra, não me cabe ser o menor, nem o mais vil, nem o mais morto ou mudo.
Ficção