A entrevista questiona verdade e ficção a partir da relação de um escritor com sua secretária, contratada para narrar-lhe histórias dos outros.
“Era uma entrevista para ser governanta de um escritor. Fazer as compras, cuidar da manutenção, da cozinha, da arrumação do apartamento, da roupa. Havia sido demitida quando a empresa em que trabalhava como secretária júnior entrou em colapso. A crise no auge. Não conseguia emprego. Precisava trabalhar. Cuidava da própria casa, podia cuidar da dele.
Ele a olhou intensamente. Ela se preparou para o assédio. Negra, jovem, bonita. A entrevista era estranha. Perguntou de sua vida, conhecidos, família, cotidiano. O que estudou. Onde morava. Que lugares frequentava. Até que ficou calado, olhando para ela. “É agora, pensou”. (...)”
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