Nesta obra não se encontra tanto a mera oposição entre fé e razão ou a apologia do ateísmo, quanto uma análise psicológica dos mecanismos da criação do divino, da qual decorre um leitura original do significado da transcendência como expressão e compensação imaginária de desejos humanos.
Mas o que sobretudo ressalta da obra é o forte elogio da vida, seja na exaltação da Natureza como fundamento da realidade, seja na mensagem de universalismo sustentada na ideia comunitária do homem como único género humano liberto de todas as barreiras particulares, seja ainda numa promoçaõ de uma existência integral que merece, tanto na alegria como no sofrimento, ser vivida intensamente e sem os véus de ilusão.
Filosofia / Religião e Espiritualidade