A fábrica dos corações vermelhos

A fábrica dos corações vermelhos Laercio Ferreira de Oliveira


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A fábrica dos corações vermelhos





Uma fábrica de bolos onde acontecem coisas fantásticas é o cenário deste romance, no qual Jonas vivencia situações dramáticas e engraçadas. O enredo se passa entre os seus 20 e 30 anos, refletindo a pressão social por tudo que se espera conquistar nesta fase da vida. Qualquer alusão aos ciclos do desenvolvimento dos micro-organismos não é mero acaso: todos os seres vivos são submetidos a situações adversas em suas jornadas.

Frente a mudanças, no primeiro momento é necessário mergulhar em uma “fase de latência (LAG)”, cujas palavras de ordem são resiliência e adaptação para entender o ambiente, as relações que despontam e as formas de transformação, assim como traçar estratégias necessárias para a sobrevivência. Passado este estágio, surge um sentimento de fortalecimento e de segurança; é o momento de mostrar todo o potencial, de aproveitar os aprendizados e energia acumulada, advindos da prévia incubação, para finalmente despontar, brilhar e aproveitar a “fase exponencial (LOG)”.Contudo, seria ingenuidade acreditar que este processo seja eterno e tranquilo. Constantes desafios, competições, frustrações e situações que fogem do controle, inevitavelmente, nos levarão a uma “fase estacionária”, onde a produção e a exaustão ocorrem sempre na mesma medida até atingirem um ponto crítico. Quando finalmente reconhecemos que a “fase de declínio” entra em cena como o último ciclo possível, passa a ser necessário nos resignar e torcer pela chance de um reinício.

Do ponto de vista microbiológico, os desafios das bactérias parecem ser exatamente como os do protagonista. O desenrolar de seu relacionamento amoroso com a microbiologista Darlene, sua ideologia, sua trajetória no “chão de fábrica”, as imposições econômicas e sociais do momento: tudo dá margem para acreditarmos que ele também está predestinado a cumprir as mesmas etapas.

Este universo introspectivo e mágico, moldado com referências que vão de Mariana Ianelli a Gabriel García Márquez, é diversão garantida para quem adora explorar os desígnios da vida. E traz ainda uma boa pitada de ironia sobre o mundo real, onde o rumo da oferta de alimentos é cada vez mais regido pela produção industrial de grande escala, pelos padrões de qualidade internacional, globalização da distribuição e recorrente dinâmica de fusões e incorporações de empresas.

Literatura Brasileira

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