A guerra e o teatro de Eurípides

A guerra e o teatro de Eurípides Brian Gordon Lutalo Kibuuka


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A guerra e o teatro de Eurípides


Representações da guerra do Peloponeso nas tragédias Hécuba, Suplicantes e Troianas





Atenas clássica. Um palco para as disputas teatrais cômicas, trágicas, satíricas. Uma praça para os debates entre os cidadãos nas assembleias. Essa cidade é ainda um dos campos de batalha de uma guerra prolongada e sangrenta: a Guerra do Peloponeso. Concomitante à guerra, Atenas é também um espaço disputado por comerciantes ávidos pelo lucro, pelos artesãos, pelos agricultores. Ao mesmo tempo, um lugar em que, da acrópole até às suas fronteiras, foram erigidos santuários para os devotos de Atena, Hermes, Apolo e muitos outros deuses. Ali, homens e mulheres celebraram os Mistérios de Elêusis.Atenas, território heterotópico, de múltiplos espaços e, em cada um destes, múltiplos sentidos. O drama euripidiano não passa incólume a toda a efervescência da vida na pólis. As peças de Eurípides abordam indiretamente os problemas do seu tempo. Nas peças, por meio de jogos de linguagem, o tragediógrafo opina, diverge, reforça; porém, há nas peças trágicas mais do que isso: o contexto da enunciação se mostra, com os valores e as marcas identitárias da cultura e da sociedade do seu tempo (e de outros tempos). Porém, quais os índices e os indícios da presença desses na produção teatral de Eurípides? Esta obra visa apresentar as possibilidades de construção historiográfica a partir da leitura crítica de peças trágicas, especialmente de Eurípides. O autor, Brian Kibuuka, especialista no drama euripidiano, opta por um recorte revelador nas múltiplas abordagens possíveis: através do estudo das relações entre o teatro euripidiano e a Guerra do Peloponeso - especialmente nas peças Hécuba, Suplicantes e Troianas-, ele abre uma janela para a investigação do cotidiano de encenação a partir das peças que fazem menção a enredos tematicamente beligerantes, ainda que encrustados na tradição épica troiana e tebana. A significativa contribuição desta obra está em ler a vida - e também a morte - no teatro. Enquanto as peças são gestadas, a guerra está em curso: o arco está retesado e os hoplitas vão para o campo de batalha. O sangue respinga no campo de batalha, mas também vira elemento cênico. Esta obra oferece chaves para encontrar traços desse sangue bélico nos dramas de Eurípides.

História / História Geral

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Renata
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30/12/2015 14:32:25

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