A História da Riqueza do Ocidente

A História da Riqueza do Ocidente Nathan Rosenberg...

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A História da Riqueza do Ocidente


A Transformação Econômica do Mundo Industrial




E como é edificante essa história de como o Ocidente ascendeu finalmente à riqueza e ao poder. Não o fez, segundo os autores, apenas pelo roubo; muito ao contrário, as forças produtivas da burguesia dependeram principalmente do oposto da ladroeira ousada (de sóbria confiabilidade): "frugalidade, operosidade, honestidade e cumprimento de promessas".




Pode parecer estranha a afirmação mas, confessam os autores, é a pura verdade. Para eles, Colombo não poderia ter cruzado os mares sem uma desenvolta frota naval (no caso holandesa), que dependia do comércio honesto em pescado. Assim como Morgan não poderia ter navegado pelos mares das ações aguadas de empresas sem um surto brilhante de inovações organizacionais, na maior parte americano, que dependia de regras honestas nas bolsas de valores.




Este livro está recheado de argumentos econômicos e fatos históricos; é escrito de forma erudita, exata e até bem-humorada. Inicia-se pela Idade Média, passando por dois longos e esplêndidos capítulos, 'O crescimento do comércio até 1750' e 'A evolução de instituições favoráveis ao comércio', que dão o principal argumento da obra: "O primeiro requisito para a liberação dessas potencialidades foi a expansão da esfera dentro da qual o comércio podia ser conduzido com algum grau de liberdade em relação ao exercício arbitrário de poder externo."


Mas o grande mérito de A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE, conforme o articulista do Wall Street, é corrigir idéias erradas. Por exemplo, o dogma de que o acúmulo de capital exige o deslocamento forçado e a exploração do trabalhador rural, que pode de fato ter inspirado a maciça epidemia de fome que dizimou dezenas de milhões de lavradores na Rússia, na década de 30, e na China, nos anos 50.
Em seu artigo no Wall Street Journal sobre a HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE, William H. Riker, professor de Ciências Políticas da Universidade de Rochester (EUA), afirma que os autores, o economista Nathan Rosenberg e o jurista L. E. Birdzell, Jr., apresentam neste livro uma explicação crível e convincente do êxito econômico do Ocidente, baseados na tese de que o gradual crescimento da riqueza depende de repetidas experiências e de bem-sucedidas inovações no comércio, nos produtos e na produção.
Em 1848, Marx e Engels escreveram que "a burguesia, durante seu domínio em uns escassos duzentos anos, gerou forças produtivas mais maciças e colossais do que todas as gerações precedentes juntas."
Desde aquele ano, a burguesia continua a gerar essas forças produtivas com notáveis conseqüências.




No século XVI, a Europa ocidental era miserável. Até os abastados careciam de coisas básicas como alimentação, cuidados médicos, instrução, aquecimento e lazer, de que hoje desfrutam no Ocidente moderno, menos, é claro, os miseráveis de fato. Há 400 anos, na China e no Islã a situação era bem melhor do que na Europa. Na atualidade, a situação inverteu-se. O Ocidente, e as nações asiáticas ligadas a ele, obtém padrões melhores em termos de riqueza.
Historiadores econômicos, influenciados pela estranha idéia de Karl Marx de que a história tem importância, vêm fazendo há um século a grande pergunta: como é que tais e tamanhas mudanças ocorreram? Partes da resposta foram juntadas por Rosenberg e Birdzell em A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO OCIDENTE, de forma agradável e lúcida.




O livro não representa o fim da controvérsia sobre a história do capitalismo, mas representa um útil e firme avanço.

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Marcelo Catanho
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12/07/2014 22:57:36

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