Ainda essência das borboletas é um retrato dos tantos fins que nos cercam durante a vida, fazendo refletir acerca dos efeitos que o tempo persiste em ter sobre os corpos e sobre os espaços. A coletânea de contos narra, assim, 13 histórias que retratam momentos corriqueiros de personagens que insistem em Renascer diante de circunstâncias como a perda de uma infância, de um amor, de uma mãe, da existência. Histórias tecidas cuidadosamente para se emaranharem, como a de Zefina, em “Primeiro Dia”; mulher que, enquanto aprende a lidar com a própria fé, espera pelo retorno do marido desaparecido e pela suposta ressurreição do pastor de sua igreja. Em “As Memórias que as Dedicatórias Contam”, um neto, após iniciar o processo de desmontagem da biblioteca pessoal do avô falecido, com o intuito de doar o acervo, encontra em um dos títulos uma dedicatória que o levará a uma busca pelas lembranças do homem que julgava conhecer. Em “Prisioneira”, Uma jovem motivada por um difícil término de relacionamento, faz uma amarração para que o namorado volte em 3 dias e entra em conflito com a própria sorte. Já no conto que dá nome à obra, um grupo de teatro volta a se encontrar 15 anos após o encerramento do espetáculo que os consagrou. Esses e outros contos são diluídos na linguagem universal da angústia do que não se pode conter, sob a perspectiva poética do fim. (Orelha do Livro)
Contos