A jangada de Orson Welles

Romanee que narra a passagem do cineasta Orson Welles pelo Brasil da década de 40, durante a 2a Guerra Mundial; nas filmagens do Trattpolim da Vitória, rompe com o programa oficial da RKO, sua produtora, e inventa roteiro próprio, filmando os aspectos mais reveladores da realidade brasileira: o samba, o carnaval, o futebol; o sincretismo religioso do país, seus tipos populares e folclóricos mais representativos, a vida até do intrépido jangadeiro cearense, tema que o leva ao Mucuripe, em Fortaleza, e a contratar uma jangada para a odisseia de velejar até o Rio de janeiro, nos preparativos da epopeia, conhece a poeta Cecília Novais, sua cicerone e intérprete; o sentido feminino (Penélope) desta saga em tributo à alma de todas as mulheres fiéis ao sonho e ao amor, ao ideal da arte literária. Portanto, é um romance que trata de aventuras e amores, e de personagens fascinantes: um notável diretor de cinema americano, jangadeiros destemidos e uma poetisa talentosa. A narrativa também celebra a coragem, a vontade decidida daqueles que acreditam possível sempre, com a essência das coisas simples, realizar proezas sublimes.

Romance