La Malcastrée foi escrita meio fora, meio dentro, entre duas operações, entre as ruas de Paris e os hospitais, em silêncio, meio envergonhado, sempre triunfante, entre a realidade e o sonho. As palavras estão intimamente ligadas ao meu corpo, à minha doença. Nunca invejei uma boa saúde. E, no entanto, já escrevi antes da doença, na infância. Um gesto, este gesto, o ato, rejeita. Não houve tal tentativa literária. Esta tentativa exibicionista. Para reconstruir com palavras. Reconstruir-se enquanto espera acima de tudo nunca chegar lá. La Malcastrée já é tão velha. 1971. A busca do como. O sistema de palavras, como entramos nele. Escreva como você morre ou escreva quando você não morrer.
Literatura Estrangeira