Em "A Mão Esquerda da Escuridão", Ursula K. Le Guin surpreende seus leitores com a narrativa de uma "nova" civilização. O primeiro passo é a criação de um espaço geográfico com características próprias, fauna, flora, clima, de onde surgem os tipos humanos, afirmando a tese da autora de que o meio molda o homem. Sua sociedade é formada por seres humanos hermafroditas que habitam um planeta de invernos radicais, chamado Gethen. Uma vez a cada mês, eles entram numa espécie de cio e apresentam características sexuais.
O narrador é observador, é, na verdade, um humano terrestre pertencente a uma espécie de união planetária chamada Conselho Ecumênico. A autora aborda temas como a dificuldade em se adaptar às tradições, políticas e a sociedades diferentes. Neste caso, essas dificuldades impedem o trabalho de convencer os líderes de Gethen a ingressarem no Conselho Ecumênico.
Guin aproveita ainda para levantar debates com fortes questionamentos políticos e sociais, como imaginar uma civilização humana sem distinções sexuais.
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