A Menina que Roubou o Amor

CORAÇÃO ROUBADO

Ah, “A Garota que Roubou o Amor”, um livro que também me roubou de mim mesmo. Nele, Lucélia Santos e Gislaine Koch são como dois rios que fluem lado a lado, correndo por terras áridas e águas profundas. Às vezes, suas águas se encontram, e nesses momentos, as palavras e sentimentos se misturam em um redemoinho de maravilha e tristeza.

Neste livro, o amor não é um caminho simples e simétrico; ele se desenrola em linhas tortuosas, sem aviso, preenchendo os espaços vazios com ecos de solidão, melancolia e uma espécie de alegria disfarçada de tristeza. Este não é um simples livro de poesia; é um universo inteiro, encapsulado em páginas finas como papel de arroz, um universo onde cada sentimento atrelado ao amor tem sua própria galáxia.

Ah, caro leitor, se você estiver na encruzilhada da indecisão, com uma moeda na mão e um coração dividido, escolha esta obra. Pois “A Garota que Roubou o Amor” vai roubar algo de você também—talvez uma noite de sono, talvez um pedaço do seu coração que você nem sabia que estava vazio. Aqui, não há espaço para arrependimento; há apenas espaço para um vazio preenchido por emoções que você nunca soube que poderiam coexistir.

E, no final, você se encontrará com olhos cansados e um coração mais pesado, mas preenchido com o tipo de melancolia que só pode ser descrita como bela. E sua única tristeza será virar a última página. Ah, a doçura amarga desse fim.

Luiz Primati

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