Quando a amada morre,
Não é seu corpo que fenece,
Mas o desejo que existia por ele
E tudo o que era romance e espetáculo.
Não é a mulher que padece
Quando a amada morre,
É o amador que deixa de existir
E tudo é enterro, tudo é luto.
Não há coisa mais triste
Do que uma amada que morre
E que, quando morre, mata.
Quando a amada morre,
Perece a poesia
E viver é a expiação e tormento.
Mas tudo revive quando,
Como um susto, outra amada surge
E com ela (de novo) o encanto.
Poemas, poesias