Foi depois de muitas andanças (do interior de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, depois para os Estados Unidos e, finalmente, Campinas) e de atividades variadas (pastor, professor, psicanalista), quando já estava com mais de 30 anos, que Rubem Alves começou a escrever literatura. Ele se diz um autor de "instantâneos". Proporciona quadros rápidos de beleza impressionista: a luz de um instante, a explosão de um ipê florido, a sensação da água fria da bica... Enfim, ele está sempre a nos mostrar a beleza do detalhe, o divertido do cotidiano, o absurdo da sociedade, a possibilidade da magia. O ser humano só pode ser generoso com o que tem para dar. Rubem Alves nos lembra do essencial.