A Necessidade do Ensaio

A Necessidade do Ensaio Thiago Rodrigues


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A Necessidade do Ensaio


o ensaio como experiência filosófica




SINOPSE:
O ensaio surge em um momento de mudança no Ocidente, de ruptura, não só política e social, mas também intelectual. Na torre de um castelo localizado em Périgueux, na Dordonha, Michel de Montaigne começa a anotar suas reflexões sobre o mundo e a vida e faz emergir dali um universo novo, interno, que passaríamos a chamar de subjetividade. A essas reflexões, Montaigne deu o título de Ensaios.
A partir de então, essa nova forma literária e também metodológica de fazer filosofia operou um recorte na história do pensamento ocidental: a filosofia passou a ter um sujeito singular, concreto, a partir do qual produz seus juízos. Diferente da filosofia clássica de matriz aristotélica, que diviniza a figura do filósofo, a filosofia do ensaio humaniza, a singulariza.
O ensaio é a forma de expressar uma filosofia que era inexpressável por outras formas literárias que buscavam totalidades, não singularidades. É ele que transforma o extraordinário em ordinário, que traz para o chão histórico e circunstancial a atividade do pensamento que outrora era divinizada e reservada aos humanos excelentes. Não somos excelentes, somos falíveis, fragmentados, circunstanciais e indefinidamente em construção e o ensaio é produto dessa condição humana, demasiada humana, que ao mesmo tempo, a reflete, a absorve, a explicita e a enaltece.
O Livro de Thiago Rodrigues apresenta com primor o ensaio filosófico e suas diferentes facetas construídas ao longo da filosofia ocidental, incluindo a produção filosófica brasileira, dialeticamente movimentado entre as relações de sua forma literária e os conteúdos ajustados a essa forma, para que esta capte aquilo a que se propõe, de maneira livre e antidogmática: o caráter móbil, indefinido e sempre aberto da própria vida que não se ajoelha a nenhuma atividade do pensamento que a subjugue, que a domine, que a encerre em um solo permanente de verdades imutáveis.

SUMÁRIO
Prefácio
Introdução
I) da imobilidade das formas ao movimento da história
II) a forma do ensaio: uma tarefa indefinidamente possível
III) expressão ficcional e reflexão filosófica: entre o divino e o humano
IV) um parêntese necessário: Bento Prado Jr. e o ensaio filosófico no brasil
V) os despropósitos do ensaio: o texto acadêmico como dispositivo de repressão do pensamento
Considerações finais
Referências bibliográficas

Ensaios / Filosofia

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