O presente trabalho procura realizar um balanço crítico de conjunto da evolução política do programa teórico desenvolvido pela Teoria Francesa da Regulação. Para tanto, escolhemos lidar com textos que retomam desde a obra que, em certo sentido, fundou a "Escola Parisiense", ou seja Regulaçãoe crises do capitalismo(1976), de Michel Aglietta; até as formulações regulacionistas mais recentes dedicadas à prospecção de um novo modo de desenvolvimento pós-fordista melhor afinado com o projeto de consolidação da União Européia. Além da identificação e análise dos diferentes momentos por meio dos quais a corrente regulacionista "da primeira geração" - sobretudo Boyer, Coriat e Lipietz, além, obviamente, de Aglietta - amadureceu seu programa teórico, recorremos a formulações de autores como Benjamin, Gramsci e Marx no intuito de desmistificar as determinações teórico-políticas - o reformismo e a ideologia do progresso, em particular - que condicionaram a incorporação celebratória dos regulacionistas ao campo do evolucionismo institucionalista.
Sociologia