A PELE DO OGRO

A PELE DO OGRO Miguel M. Abrahão


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A PELE DO OGRO





A Pele do Ogro pretende ser um amplo panorama que aborda a História Européia do século XIX e passa em revista as idéias, as crenças, os homens e os conflitos que abalaram o Velho Mundo daquela época. A maior parte da ação tem a Inglaterra, a França, a Alemanha, a Rússia e a Itália por cenários e, como pano de fundo, a mitologia céltica.

Conta à história fictícia do francês André Duroseille, bem nascido habitante de Lyon, constantemente aprisionado por obsessões. Narrada por ele mesmo à garota de programa Lívia, o personagem revisita sua história particular, começando por sua infância quando, aliado ao irmão, faz um juramento: o de manter-se casto em troca do poder para tudo possuir, para todos controlar. Contudo, conforme vai tornando-se homem feito, já na corte do Imperador Napoleão III, começa a rever seu desejo infantil: “De que adianta termos poder e força, se envelhecemos”? Nesse momento da vida, conhece a doce Claire e seu misterioso padrasto, Pierre Labatut. Este homem com mais de 50 anos mantém um vigor e uma aparência juvenil que assombra e encanta André. Enquanto deparava-se com o verdadeiro amor em Claire, toma ciência de algo terrível anunciado por um conselho da mãe da moça: “Pierre o quer(...) já perdeu um Duroseille na vida e não vai querer perder o outro.(...) Pierre há anos nutre um sentimento de ódio e amor por vocês, os Duroseille. Certa hora diz querer vingança; em outra, fala de desejo. Pierre se interessou por seu irmão há três anos atrás e esse jovem só não teve um fim trágico porque Lídia, a Romana interferiu.(...)” André, então, procura por Pierre. Quer saber o que aquele fizera com o seu irmão. Todavia, na estalagem onde se daria o fatídico encontro, algo pior esperava por ele. Ao entrar no quarto depara-se com um velho agonizante que, horas antes André encontrara jovem e viçoso. O moribundo em decomposição lhe diz que foi Pierre o responsável por ele perder a beleza, por agora estar morrendo... Com coragem, André resolve voltar para a moradia de Claire. Lá uma inusitada cena de horror o aguardava. Pierre cometera alguns crimes violentos e teria sido o responsável pelo fogo que consumira à própria casa como a ele próprio. E tudo por ódio: “ódio a André por desprezá-lo; ódio por Lídia, A Romana estar...”! Acusado pelos crimes cometidos pelo desvairado Pierre, André é preso. Na prisão trava contato com o louco Gaston que lhe revela: (...) Lídia, a salvadora! Lídia, a bela! Lídia, a imortal! Eu vos glorifico e peço para ti... Dê-me à felicidade prometida. (...) Lídia é a mestra! O Ser...! A que dá prazer! A que é sem ser! Ela está conosco desde o alvorecer da humanidade e existirá até que todo o firmamento sofra a ruptura final. Mesmo tomando a forma de Lídia, a Romana, ela é toda a mulher, assim como não é nenhuma. Então, é uma Deusa.”

Mais uma vez Lídia está presente em sua vida! O herói, neste momento, perde sua alma! Precisa saber quem é Lídia. Quem seria a fascinante mulher? Que poderes ela dispunha? Torna-se obcecado... Antes que André pudesse descobrir o segredo de Lídia, Gaston tem o mesmo fim do jovem rapaz da estalagem: seu corpo está igualmente decomposto, destituído de juventude e vida por Lídia...

André Duroseille, no seu egoísmo e ambição, passa a ter a obsessão por encontrar àquela que dava prazer e morte aos que dela se aproximavam. Contudo, mal sabia que Lídia também o procurava e que ele era o centro de tudo... Crimes, mistérios, julgamentos reais constituem a linha narrativa deste romance. Seria Lídia Visconti a responsável por todos os malefícios daquele conturbado mundo? Mesclando personagens reais como Oscar Wilde, Emile Zola, Alfred e Mathieu Dreyfus, Bran Stocker, políticos e reis, o livro é construído como um painel histórico do decadentismo e esteticismo que marcou a trajetória da humanidade do século XIX.


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Simplesmente MARAVILHOSO.
on 2/6/10


Estou lendo ainda. Só parei um pouco para comentar. Miguel M. Abrahão tornou-se meu autor brasileiro preferido de ficção histórica. Não sabia que a literatura brasileira tinha escritores de tão elevada qualidade no gênero histórico. Havia lido anteriormente o A Escola deste mesmo autor. Como é que as colunas literárias dos jornais não dão destaque para a obra desse gênio? Aliás, não há reedição deste livro? Tive que comprá-lo em sebo... Acho inacreditável que, após anos, somente ag... leia mais

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Syl
cadastrou em:
02/06/2010 02:02:46

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