A Relação Entre a Consciência Individual e a Consciência de Classe: Uma Análise das Contribuições de Vigotski Sobre a Consciência da Classe Trabalhadora

A Relação Entre a Consciência Individual e a Consciência de Classe: Uma Análise das Contribuições de Vigotski Sobre a Consciência da Classe Trabalhadora Melissa Rodrigues de Almeida

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A Relação Entre a Consciência Individual e a Consciência de Classe: Uma Análise das Contribuições de Vigotski Sobre a Consciência da Classe Trabalhadora





A presente pesquisa teve por objetivo analisar as contribuições do psicólogo
soviético Lev Semenovich Vigotski (1896-1934) na compreensão dos processos de
formação da consciência de classe e da consciência individual. Vigotski teve
importante papel no desenvolvimento de uma psicologia apoiada no referencial
teórico marxista, postulando a historicidade da consciência humana. A investigação
consistiu de uma pesquisa teórica que teve por base as obras do referido autor, bem
como de outros autores do campo do marxismo. Foram abordados três processos
que se articulam: 1) a formação da consciência social a partir das relações sociais
de produção; 2) a constituição social e o desenvolvimento da consciência individual;
3) o processo da consciência de classe da classe trabalhadora na relação com seu
ser social. Verificou-se que Vigotski traz importantes subsídios para a compreensão
do processo analisado, especialmente no que diz respeito às mediações
necessárias para a constituição da consciência individual, que são geradas na
dinâmica das relações sociais de produção da vida e fixadas na consciência social.
Dentre essas mediações destaca-se o sistema de conceitos, por meio do qual os
modos de pensar, sentir e agir de uma sociedade são apropriados pelo indivíduo. Na
sociedade de classes, a consciência social converte-se em ideologia e o sistema de
conceitos passa a ser permeado pelas idéias universalizadas da classe dominante.
No entanto, assim como a realidade movimenta-se por um jogo de contradições, a
classe trabalhadora constitui-se também pela contradição de ser uma classe do
capital, necessariamente integrada ao capital e uma classe para além do capital, por
suportar os ônus dessa relação. Essa contradição faz possível o movimento da
consciência da classe trabalhadora, de alienada à revolucionária. Contudo, sendo a
consciência de classe expressão do ser social da classe, viu-se que tal movimento
não é permanente, podendo ocorrer retrocessos e avanços, de acordo com o
movimento do capitalismo e a luta dos trabalhadores. Procurou-se demonstrar,
nesse sentido, a importância do choque de sistemas, o papel da apropriação pela
classe trabalhadora da experiência prática e da teoria revolucionária acumulada pelo
proletariado na busca pela superação do capital e da alienação.

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Pamela Kenne
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07/08/2012 11:40:07

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