A Rosa Verde

Na primeira metade do Século XX, movimentos de extrema direita pipocaram pelo mundo, com líderes como Hitler,Franco, Mussolini e a versão tupiniquim: Plínio Salgado. A Rosa Verde descortina os movimentos da Ação Integralista Brasileira na cidade com maior número de adeptos em proporção a sua população: a Cidade Integralista de Jaraguá. Nesta história, conhecemos o romântico inveterado Bertoldo em seus anos dourados hiperdimensionados por sua memória nostálgica e saudosista. Vemos uma cidade em seu esplendor tragada por uma ideologia. Bertoldo torna-se um dos homens fortes do movimento integralista e ajuda a comandar uma verdadeira cruzada em nome da tríade: tradição, família e propriedade. Ícones de uma geração, como Emílio da Silva, Oscar Nagel, Ricardo Gruenwaldt, Fernando Sacht e Ricardo Strelow (os três últimos assassinados por opositores ideológicos) misturam-se a personagens fictícios em cenas líricas, que contrastam com a nudez psicológica da parte contemporânea do livro, onde nos deparamos décadas depois, com o ancião Bertoldo e sua problemática família, buscando espaço na natureza arbitrária da vida e da morte numa Jaraguá industrializada do século XXI.