O teu furacão se chamou Alice. Ele passou em ti levantando a terra, ventos de todos os lados te atravessando a vida, alçando-te em vôos que nunca antes imaginaste, os pés inteiramente distantes do chão e a cabeça varando as nuvens. E assim ficou este furacão na brevidade de ventos mantendo este doce suspense, os olhos fechados porque o vendaval não os deixava se abrirem, teus braços imóveis, tuas pernas imóveis, tuas mãos e pés imóveis, e tudo alto, muito alto, altíssimo: o céu ficava ao teu lado.