Que o narrador, Téo, está com AIDS, somos informados logo no primeiro capítulo, mas como a contraiu, nós e os vírus - aqui, personagens inteligentes, sarcáticos, falantes, alter ego do anfitrião - não saberemos antes do último.
Nada como um bom romance para vasculhar, lá nos esconderijos mais íntimos dos seres, as atitudes, os sentimentos, as nuanças. Porque se a arte é a vanguarda das transformações, o romance - a mais profunda, reflexiva e solitária das artes - é a vanguarda das compreensões.