Santiago Smith é uma sombra. Seu rosto não é muito visto, ele não é muito visto. Ele não quer ser. Não fala muito, não se revela tanto. Seu jeito introspectivo não é questionado, pois ele não precisa dar satisfações a ninguém. Não mais.
É seu próprio chefe, construiu o seu próprio império e manda em tudo, absolutamente tudo. Ele tem muito dinheiro, sua riqueza é surpreendente e ele faz questão de destacar isso. Ele faz, é preciso fazê-lo.
Principalmente para o seu pai, o homem que ensinou a ele o que é o ódio.
Santiago odeia o seu genitor de uma maneira que não consegue descrever. O sentimento é um furor diário e a mera menção sobre seu pai pode fazê-lo explodir.
O rancor é corrosivo e amargo, então não é possível perdoar o jeito que era maltratado na infância ao invés de ser amado. Perdoar a forma como os atos do pai eram encobertos pela mãe. É incabível considerar o perdão porque também sabe que é impossível se esquecer de tudo.
Logo, sim, Santiago está bem com isso. Em manter esse sentimento áspero que se tornou parte dele diariamente, e não se importa. Nada importa, que não o cuidado com suas riquezas, o medo de ser roubado e que mexam no que é dele.
Só não estava em seus planos que alguém o questionaria a respeito, o fazendo pensar além das profundezas.
Celeste, sua empregada, não sabe da situação delicada que é para ele falar a respeito desse assunto, mas ela quer entendê-lo.
A insistência dela em contraste com o aço da proteção que ele impôs em si mesmo pode resultar em algo que não dor?
Santiago não contava que Celeste fosse entendê-lo e isso porque passa por uma situação semelhante. Ou pior.
À Sombra do Amor é o Livro 2 da Série Os Irreverentes.
(LIVRO REVISADO em 01/23).
Romance