Em "A tela do cinema como prótese de percepção" deparamo-nos com o método característico da cientista política estadunidense Susan Buck-Morss: a identificação de uma constelação histórica em que a “invenção” de conceitos não pode ser separada das práticas ou acontecimentos político-culturais que lhe são contemporâneos. Assim, a fenomenologia de Husserl é lida como uma verdadeira teoria do cinema: o “puro ato de ver” aconteceria não na solidão do gabinete, na abstração intelectual, mas na sala de cinema, onde as massas descobririam um novo “órgão” sensorial.
Cinema / Filosofia