Tanto na obra que nos ocupa como no conjunto da produção de Cláudio Aguiar, a história aparece reivindicada como constitutiva da personalidade social de um povo (sendo, por conseguinte, muito mais que um simples ponto de partida narrativo). Não são casuais os meios linguísticos empregados (ver a este respeito o tipo de estrutura linguística e lexical usada em Brincantes do Belo Monte), nem a combinação de recursos burlescos com os dramáticos (todo o primeiro ato, no qual o drama anunciado não chega a começar), nem, sobretudo, a localização da cena nas arenas do mambembe, circo popular do Nordeste brasileiro.
Julio Peñate Rivero
Ficção