Independente de seu gênio musical, Mas Marshall Hendrix não foi uma pessoa comum. É o que transparece claramente da leitura de "A vida de Jimi Hendrix", sua biografia definitiva, agora lançada no Brasil. Tímido e exibido, alegre e melancólico, ele só parecia se sentir à vontade no mundo mágico da música. Através dela, Hendrix conseguia chegar às pessoas e tocá-las de alguma forma. Sem ela, a vida se mostrava sombria e ameaçadora.
O uso de drogas, era uma solução aparentemente mais fácil. Desde os cristais de metedrina, ainda cedo, até a dose fatal de barbitúricos em 18 de setembro de 1970, Jimi experimentou todas. A droga ajudava-lhe a vencer o retraimento natural e modificava-lhe a consicência.
A guitarra foi sua maior paixão. Com ela dormia, com ela fazia amor, até em público. Era a companheira que não lhe traía, da qual conhecia todos os segredos, e que nada lhe exigia.
Ninguém até hoje teve com ela tanta intimidade. Por ela, levou surras na adolescência e no quartel de paraquedistas. Contrário à violência, preferia apanhar, mas que ão tocassem nela, na sua "Betty Jean". Defendia-a, se fosse preciso, até a morte. por sua causa era chamado de maluco.