O cinema vai além de um mero passatempo ou diversão. Herbert Holetz sabe disso, tanto que fez brotar dele o sentido para a própria existência. Já na infância, quando acompanhava as matinês no Cine Busch, ao lado da mãe, este blumenauense captou a essência mágica da arte cinematográfica e desenvolveu uma paixão arrebatadora pela tela grande. O posterior trabalho nas salas de projeção foi apenas uma consequência de sua pertinácia. Conhecimentos técnicos sobre as películas podem escapar à compreensão de Holetz, mas o que se pretende aqui não é dar voz a um especialista em cinema, mas sim abordar a surpreendente relação de amor entre um homem e esta forma de expressão artística. Mesmo atravessando fraquezas, decepções e falta de apoio, Holetz não hesitou em abandonar seus mais profundos desejos e sonhos. Depois de várias tentativas de dirigir espaços de exibição, idealizou iniciativas pioneiras de democratização acesso ao cinema, nas Fundações Culturais de Blumenau e Joinville. Talvez, só vá sossegar quando o Museu Histórico do Cinema em Blumenau virar realidade.