A perenidade de Agostinho está bem clara neste volume. A religiosidade, a linguagem, o mal, a vida interior (ou subjetividade), os limites da liberdade humana (e o papel, ou não, do inevitável), as potencialidades do autoconhecimento são alguns dos aspectos explorados ao longo desta obra. Agostinho continua relevante no século XXI por tantos motivos, muitos dos quais são tratados neste livro, cuja leitura agrada e iluminam instila o espírito para refletir e agir no mundo. Isso é tanto mais importante nos dias atuais. Alguns defendem concepções tradicionalistas, conservadores e reacionárias baseadas não no conhecimento, de primeira mão, derivado da leitura dos autores originais, como Agostinho, mas são mistificadores, sem frequentação dos clássicos antigos ou modernos.
Este livro mostra como o domínio do repertório não precisa levar à reação, à exploração e à aceitação das iniquidades, mas pode sempre servir para refletir, de maneira mais profunda, sobre o mundo e para transformá-lo. Nada mais importante nos dias de hoje.
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