Quando me propus a escrever Águias sem Asas, tive a intenção de desmistificar o que os seres humanos chamam hoje de deficiência física, provando que isto visível em nós é apenas a embalagem da nossa essência, jamais pensei que, mesmo com a minha vivência de 40 anos e a militância desde a adolescência no movimento dos portadores de deficiências como eu, viesse a conseguir demonstrar através de argumentos, os quais outros dizem ser incontestáveis, que a sequela física pode se tornar apenas um condicionamento e o ser humano voar através das asas da fé e dos nobres ideais.