Além dos Sentidos

Além dos Sentidos Maria Apparecida S. Coquemala


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Além dos Sentidos





Maria Apparecida Sanches Coquemala escreve com maestria, e é uma das melhores contistas do Brasil, vencedora de diversos prêmios literários.

Confira alguns trechos dos contos publicados no livro Além dos Sentidos:

“... partiram em direção ao fundo da gruta, dois vultos se esgarçando, desaparecendo do nosso olhar atônito, rumo certamente ao infinito de um amor que os ligava para sempre. Nossa perplexidade comovida nos paralisava, nenhuma palavra dizíamos, mudos de espanto. Até que desapareceram.”
( A gruta azul)
“... o mesmo pão-oferenda todo dia, uma espera sem limites, um olhar fixo e esquisito, no qual, uma pessoa mais atenta poderia ver vestígios de sonhos de uma mulher amarrada a seu passado.”
(À espera)
“Eu ignorava o sabor de rato assado. Outros meninos, não. Meninos amadurecidos já na tenra idade, vultos esguios ao sol poente, as faces avermelhadas, caçando ratazanas que assavam na ponta de uma vara. O cheiro da carne queimada impregna minhas lembranças...”
(O casarão)
“Papai Noel gostaria de ser pássaro, voar pela janela aberta, desaparecer no infinito céu estrelado. E voltar, não só com sacos cheios de brinquedos, também com a mágica de devolver a saúde a todas as crianças doentes em suas caminhas e cadeirinhas enfeitadas.”
(A longa noite do Papai Noel)
“Surpreendida, ouve as ofertas, mal acreditando, mas sim, eram ofertas do dia, os suicidas rejeitam as segundas-feiras de manhã, daí o preço especial, assim falava o marqueteiro da boa morte, convincente, e tem a alternativa de escolher saltar sem nada, só com nossas preces de boa queda, mas, então, fim dos nossos serviços, nos reencontraremos no céu, assim espero, nunca se sabe...”
(Artemor)
— “Viver é construir um castelo de ilusões e abrigar-se nele. O perigo é alguma coluna-mestra rachar e o castelo ruir. E sorria, mas consciente da fragilidade da sustentação do seu eu, perigo do rompimento do único laço afetivo da sua vida, Do vazio a enfrentar quando a mãe se fosse.”
(Francesco de firenze).

Contos / Crônicas / Literatura Brasileira

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