Algodão e Sal

Algodão e Sal Antonio Francisco...


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Algodão e Sal





Todo santo dia eu jogo meus olhos sobre um mundaréu de autores e, no mais das vezes, colho uma poesia insossa, sem sabor. E os trovadores, empoleirados sobre enganosos louvores, reclamam, como a querer trucidar os leitores. Não é com grito e pancada, empurrão, cimento e ferro-ladainha que se conquista um cristão!
Aqui dentro, caro leitor, no encontro de Antonio com Maria (para êxtase e consolo do mestre Antônio Maria), a sagração da poética nordestina. Antonio Francisco, ícone trovadoresco inconteste, renovador do cordel brasileiro, e Maria Gomes (Maria Maria), santíssima artífice do verso em compasso de espera e dor, cheiro e fala, calor e paixão, Seridó em pulsação.
A tarde desmaiou o sol sobre teu telhado normando, e tu continuas a não querer ler Algodão e Sal? Não, nem te atrevas. Perderás o feliz encontro de dois menestréis que, ao se comungarem (em simpatia e empatia), fizeram-se infindos. Como toda Poesia com "P" maiúsculo.
No pátio desta obra, o silêncio de uma saudade... Perdi-me no tempo; contudo, graças a Deus, feliz daquele que não recua nem se assusta, que emerge na fonte, e sente, na fonte, a maturidade. De uma fartura lírica posta sobre um lençol, tecido a partir do algodão do Seridó, e servida, com o sal de Mossoró, na cuia dadivosa do Homero-Patativa-Potiguar.
Salve, Antonio! Salve, Maria! Salva-te, lendo e relendo, Algodão e Sal.

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Thiago.Galdino
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02/04/2013 15:47:47

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