Uma aura noctívagas percorre as ruas vazias de uma Princesa saudosa e vai deixando por onde passa o perfume de sua inspiração. Sopra sonhos pelas praça e acaricia as flores das roseiras, margaridas e ipês. As portas abertas do centenário teatro parecem querer remi-lo de um remorso antigo e apagar fatos marcantes ainda presentes. O rangido das dobradiças ecoa como vozes pedindo perdão: - Podeis entrar, o palco sempre foi vosso, Aura do Sul! E a casa se enche de luz e estro, como nos tempos de antanho. A seguir, sopra ânsias noutra praça de caixa d'água escocesa e adentra o nosocômio pelas janelas enormes qual a esperança dos que lá se prostram.
Assim é Francisco Lobo da Costa, soprando lirismo e saudade pelas ruas da Princesa do Sul, sua terra. Redivivo em sua obra e eternizado nos versos que ainda povoam o populário gaúcho e brasileiro, brinda-nos com seu entusiasmo criador, sua verve condoreira, seu patriotismo, suas dores e amores que afloram cotidianamente na memória e na história de nosso povo.
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