Você já sentiu aquela sensação de que tem alguém o observando de longe? Geralmente essa sensação vem quando estamos sozinhos, ou quando estamos fazendo algum tipo de “arte”. Ou já sentiu suas vistas escurecerem de uma hora para outra e de repente tudo ficar cinza, onde pequenos fosfenos dançam em sua frente e assim, você começa a perder os sentidos? Logo, o teto, o chão, a cidade erguida depois da janela de sua sala ou quarto se reverte, as cores não são mais as mesmas, você não é mais o mesmo.
Você já sentiu medo de verdade? Sentiu o pavor crescendo dentro de seu corpo em pequenos níveis que vão se transformando em agonia e logo você encontra a fonte de seu medo? E se você não estivesse mais neste mundo? E se estivesse vivendo em um loop infinito? E se? São muitas perguntas que não têm respostas. O que faria se a reposta fosse você?
Afonso é um policial que depois de uma noite de bebedeiras com os amigos, volta para a casa sentindo-se estranho, além da ressaca que o pega pela manhã de sexta-feira. Aquele dia seria sua folga. Ele dormiria o dia todo, se não fosse aquele sentimento de não estar sozinho em seu apartamento o perturbando a mente, logo depois que tivera a pior das experiências da vida: enxergava tudo cinza, morto e sem cor.
O medo de não estar completamente sozinho naquele apartamento, veio de barulhos estranhos e um cheiro de mofo misturado a putrefação e flores funerais. Odores aos quais ele nunca havia sentido em seu apartamento antes. Aquilo o fez acreditar que algo sobrenatural pudesse habitar aquelas paredes. Estaria ficando louco? O que seria capaz de fazer, para acabar com aquelas coisas não terrenas?
Ambivertido é um conto bizarro e assustador, ao qual o desconforto é o menor dos sentimentos que irão experimentar com essa leitura. Podem entrar nesse mundo, mas cuidado ao sair dele. As criaturas desde lugar, costumam sugar a alma de pessoas medrosas. A propósito, do que você tem medo?
Horror / Suspense e Mistério