Amálio Pinheiro reúne aqui alguns textos em que são relacionados, via tradução, séries aparentemente separadas, por exemplo: jornal e cidade, palavras e paisagem. Elabora a ideia contra os modos de representação centro-ocidentais, de um contínuo ziguezague entre objetos/signos, natureza/cultura. A partir dos processos barrocos da cultura latino-americana (e de autores como Lezema Lima, Alejo Carpentier, Severo Sarduy e Nicolás Guillén), trata de investigar um modo de conhecimento ainda presente na atualidade cotidiana, anterior aos dualismos, que permita repensara variação, a multiplicidade e o diminuto como proliferação inclusiva. Somente figuras complexas do mundo das plantas, como a trepadeira ou o xaxim, podem dar conta desse movimento de expansão e intensidade, dentro-fora, alto-baixo, interstícios ramificantes de vaivém.
Comunicação / História