"Partir do momento em que tudo ao meu alcance se imobiliza, sinto a copa da árvore verdejante, à entrada de um ramo; vindo de um ponto movimentado da vila próxima, um trilhador dos mundos senta-se na soleira de um barraco de cristal. Está centrado sobre um objecto que deixou o estudo do texto em que escrevo e que lhe conferiu (necessitaria ele?) o estatuto de nómada. Sem situação social no conhecimento. As folhas adoram vagamundos. A vagueação. E as daquele plátano, e árvores limítrofes, não são excepção à regra. Assim, ele, partido em fragmentos, move-se, flutuando, por impulso do ar. É um homem quotidiano, sem nenhum sinal de ilustração nas mãos e/ou no rosto. Os olhos percutentes encontram os meus. Quem diria que são olhos dormentes? O silêncio. O silêncio."
Poemas, poesias