Ao contrário do que Jonas havia pensado, a ansiedade para o primeiro dia de aula não lhe causou insônia, mas fez questão de acordá-lo às 5h, uma hora antes do ideal. Quando vislumbrou a noite lá fora pela persiana, teve esperança de que ainda restassem algumas horas de sono, mas já era tarde demais. Achou melhor levantar de uma vez.
O atraso era inevitável. Após o toque insistente do alarme, Nestor esticou o braço, pegou o telefone e viu 7h na tela trincada do celular. Da cozinha, chegavam os gritos de Ana reclamando do atraso iminente, das tarefas do dia e, principalmente, dele, Nestor:
- Levanta, homem, não posso contar contigo pra nada. Olha o Rafael. O guri mal vê o pai. Tu nunca conversa com ele, por isso ele não se desenvolve. Quando tu vai crescer?
Ficção / Humor, Comédia / Literatura Brasileira / Romance