A ideia e o estímulo para este trabalho nasceram de um curso de Introdução à Filosofia Grega realizado, entre Outubro de 1983 e Janeiro de 1984, no Centro Nacional de Cultura. Iicialmente pensei na necessidade de prover os estudantes da disciplina de Filosofia dos liceus com uma obra que lhes permitisse o acesso ao estudo da cultura e do saber gregos.
Mas a questão do limiar desse acesso, ou seja, do nível mínimo de conhecimentos requerido para abordar um trabalho que pretenda ser pedagogicamente útil e cientificamente rigoroso, nunca pôde ser cabalmente resolvida, o que não será, decerto, estranho à pouca frequência com que neste domínio se publica em Portugal, até para as escolas. Por isso me decidi a avançar, mesmo sem saber quem seria o destinatário ideal do texto.
Completada a tarefa, creio poder afirmar que o trabalho terá alguma coisa a dizer a quem quer que se interesse pelo estudo do pensamento grego e das suas origens.
(...) Trata-se de um livro que colecciona um conjunto de problemas de interpretação, do meu ponto de vista, os que maiores dificuldades porão aos estudantes que querem compreender os pré.socráticos.