"(...) Em volta, a cidade, quase toda, dorme. Ninguém caminha pelas ruas de meu bairro. Muito raro ouvir ladridos de cães ou estripulias de gatos. Mas a madrugada silenciosa e vazia tem virtudes, como a surpresa de colocar a constelação do Cruzeiro do Sul em nossa janela (...)
Houve tempo em que viajei com frequência à noite. A visão do céu, pela janela do automóvel, extasiava-me. Algumas vezes parei o carro à beira da estrada, apaguei os faróis e desci para, envolvido pela escuridão, melhor apreciar o esplendor do firmamento estrelado."
Crônicas