Aqueronte

Aqueronte Claudia Belfort


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Aqueronte


O Rio dos Infortúnios




AQUERONTE – O RIO DOS INFORTÚNIOS, DE CLAUDIA BELFORT



Internada à revelia após uma tentativa de suicídio, a mulher decide fugir da clínica psiquiátrica logo no primeiro dia. Sua mente inquieta funciona a toda velocidade e ela consegue executar o plano de fuga arquitetado em detalhes. Camufla a cama, desliza pela fresta do vitrô basculante, desce ao pátio externo pelo cano da água da chuva e, na rua, é resgatada por um anjo. Depois da crise, a explosão da razão extrema e, por fim, o delírio.

O roteiro é de um dos angustiados dos treze contos de Aqueronte, uma coleção de relatos perturbadores que têm em comum histórias de pessoas cujos mecanismos de pensamento fogem do padrão geral vigente: loucos, excêntricos, desequilibrados, psicóticos, visionários, esquizofrênicos, doentes mentais, gênios, chamemos como considerarmos mais adequado.

Foi o convívio com as mentes diferentes no âmbito familiar que levou Claudia Belfort a estudar por anos e, agora, usa a ficção para contar parte das experiências que viveu.

Cada episódio tem vida própria e eles podem ser lidos aleatoriamente sem prejuízo da compreensão. Mas personagens e situações se entrelaçam pelas histórias, e a leitura pela ordem como estão publicadas passará ao leitor, ao final, uma maior ideia de coesão.

Num certo conto, por exemplo, a morte de um ancião é narrada pela filha que o acompanha ao lado do leito de morte. Em outro, os últimos momentos de vida do mesmo homem são narrados a partir do ângulo de visão do moribundo num redemoinho que vaga entre a razão e a semiconsciência.

AQUERONTE é o rio dos infortúnios na mitologia grega. Era por ele que o barqueiro Caronte levava as almas até a margem onde estava o porto de Hades, o submundo dos mortos, o inferno, guardado por Cérbero, o cão de três cabeças. Na Divina Comédia, de Dante Alighieri, Aqueronte faz fronteira com o inferno, é o anteinferno.

Nos contos de Claudia Belfort é o caminho de agonia que muitos portadores de distúrbios mentais, loucos sociais, seus amigos e familiares sofrem. Sofrem por não terem tratamento, sofrem por não serem compreendidos, sofrem por fazerem o outro sofrer, por não serem reconhecidos como um outro, por serem obrigados a ser igualar para serem aceitos.



Sobre a autora:

Claudia Belfort é pernambucana, jornalista, filósofa, master em jornalismo. É pós-graduada em administração de empresas e tem especialização no conflito árabe-israelense pela Universidade Beit Berl, em Israel. Atualmente é editora-chefe do Jornal da Tarde. Já trabalhou na revista Veja e na Gazeta do Povo, em Curitiba, onde também foi editora-chefe. Tem passagens pela TV Jornal do Commercio, retransmissora do SBT em Recife, Diário de Pernambuco e sucursal recifense da Veja – Vejinha e na revista nacional. Em 1992, mudou-se para Curitiba onde também trabalhou para a Veja. Em 2000, foi chamada pela jornalista Marleth Silva, com quem havia trabalhado na Veja em Curitiba, para ajudar na implantação do portal de notícias da Gazeta do Povo.



Claudia Belfort pode ser encontrada na redação do Jornal da Tarde.

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Felipe B. Cruz
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07/02/2010 12:20:01

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