O relato de Glênio Sá neste folheto não tem nenhum traço de espetacular, de super-homem. Pelo contrário, grande parte é ocupado com problemas, sofrimentos e tropeços, inclusive com dificuldades provocadas por uma prosaica perdida na selva, e a conseqüente busca de seu grupo guerrilheiro. Desde as primeiras linhas ele revela sua indignação de estudante secundarista com as injustiças. E mostra como o descontentamento ganha corpo e tem escoadouro na militância revolucionária ao ingressar no Partido Comunista do Brasil. Daí para aderir com entusiasmo à resistência armada no Araguaia foi apenas questão de tempo.