"Estamos no meio", dizem os Araweté da humanidade. Habitamos a terra, este patamar intermediário entre os dois céus e o mundo subterrâneo, povoados pelos deuses que se exilaram no começo dos tempos.
Os Araweté dizem viver agora "na beira da terra", depois de sucessivos deslocamentos sempre em fuga diante de inimigos mais poderosos.
Em 1976, eles saíram da floresta para pacificar os brancos na beira do rio Xingu e foram então "descobertos" pelos regionais, pelos funcionários do governo, pela imprensa, pelos missionários e pelos antropólogos.
Este livro é uma síntese, em texto e ensaio fotográfico, de uma pesquisa antropológica sobre um povo tupi contemporâneo da Amazônia.
O modo de vida, a visão de mundo, a história, a situação atual e os desafios para o futuro dos Araweté são tratados pelo autor de maneira competente e direta. Uma leitura acessível a um público não especializado.