Na contracorrente de uma abordagem que acredita num progresso linear, do primitivo ao moderno, do simples ao complexo, Siegfreid Zielinsky demonstra neste livro que o proejto de uma "Arqueologia da Mídia" tende a revelar uma cusiosidade nata ao espírito humano, "um tempo remoto das técnicas do ver e do ouvir": o fascínio de cientistas muitas vezes desacreditados no seu tempo, e hoje soterrados por camadas de história, que tiveram a coragem e a audácia para inventar mundos paralelos, reais ou virtuais. Homens de diversas épocas e lugares que, inspirados pelo desejo de comunicar e compartilhar com um vasto público diferentes percepções, investigaram possibilidades de onde se abriu caminho para o desenvolvimento de novas linguagens artísticas e novas narrativas.
Livre das marcas opressoras da linearidade histórica e das verdades teóricas, o leitor é levado a instigantes descobertas nesta viagem anarqueológica proposta pelo autor, que, com seu holofote móvel, oferece possibilidades infinitas para ler e ouvir o mundo mídia.