A psicanálise implica escutar questões singulares e comoventes daquele que sofre. Cabe ao psicanalista, junto ao seu outro, dar forma à dor do inarticulado que escapa a toda tentativa de representação. É o que acontece no plano do fazer artístico. Pensar esteticamente supõe fazer contato com esse campo de passagem entre o 'não-ser' artístico e a 'forma perceptível', assim como pensar psicanaliticamente implica transitar entre o 'não-dito' e o 'dizível'. Nesse livro, João Frayze analisa a relação entre arte e dor, pois a arte contém a dor; pois arte é vida, e vida é dor. O livro é fartamente ilustrado, para melhor compreensão do texto.