Arthur Bernardes não era um principiante quando conquistou o poder em 1922. Já tinha sido deputado federal e governador de Minas Gerais, mas experiência nenhuma o teria preparado para as agitações que marcaram sua época. A Primeira República entrava na sua crise terminal, uma crise que desabou sobre a cabeça do novo presidente.
Ele enfrentou a campanha eleitoral mais feroz já vista no país, encabeçada pelas oligarquias descontentes com o monopólio de Minas Gerais e São Paulo sobre a política nacional e apoiada por segmentos da sociedade urbana. Também precisou lidar com o crescimento do movimento operário e com uma imprensa hostil. Por fim, assistiu ao surgimento do tenentismo, movimento que inspirou os levantes militares de 1922, 1924 e a Coluna Prestes.
Sua resposta foi o autoritarismo. O Brasil passou quase quatro anos sob estado de sítio. Os estados sofreram intervenção federal. Opositores foram presos e levados para partes remotas do país. Bernardes conseguiu ainda aprovar uma emenda à Constituição, ampliando os poderes do chefe de Estado.
História do Brasil