Em seu primeiro livro, Árvores solitárias que encontramos pelo caminho, a jornalista e professora universitária Jozieli Cardenal nos leva, como se nos guiasse em uma memorial viagem, à subjetividade de sua escrita, que nos lê ao mesmo tempo em que a lemos. A autora, ao “fabular memórias”, transita facilmente entre histórias provavelmente vividas e outras claramente inventadas, num jogo de palavras que nos obriga a parar, eventualmente, para pensar em quem agora é o narrador. E, nesse jogo, nos leva a refletir sobre vida e morte, amores e desamores, existência e resistência. Assim, podemos dizer que Jozieli, ao transformar “lembranças em palavras”, nos apresenta uma espécie de microcosmo de nossa sociedade, mas, além disso, nos propicia uma viagem sensorial ao nosso íntimo, não com o objetivo de nos dar respostas, mas de nos levar a descobrir que as Árvores solitárias que encontramos pelo caminho podem nos ajudar nas travessias.
Crônicas