As duas vidas de Carmen

Esta é uma história de amor não correspondido. A pena singela do autor nos conduz, em todo o desenrolar da trama, para uma expectativa de um final feliz entre os personagens principais: Carmen e Bruno. Este, nutrido pela perspicácia e tolerância na busca incessante para conquistar definitivamente o coração de sua amada. Esta, retribuindo, às vezes, noutras tergiversando, e com isso atormentando a vida de Bruno e abalando as suas convicções.
O protagonista sucumbe no final ou mantém a esperança em tê-la de volta? Ele sabe que a conhece pouco, apesar da convivência. Atitudes dela disparatadas embaralham os sentimentos que Bruno sente por ela. Será Carmen ingênua, interesseira, calculista, ou simplesmente uma criatura que quer amar, mas se sente insegura para entregar-se sem amarras?
Seria proposital a história deste romance iniciar-se pelo fim? Será que a carta enviada a Carmen pelo Bruno quarentão vai de novo levá-la aos seus braços? Isto o autor deixa em aberto, como um final de película de Charles Chaplin.

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