Em 1979, quando o governo brasileiro sancionou a Lei de Anistia, um grupo de militares da direita radical ficou indignado por ver os guerrilheiros esquerdistas serem anistiados em pé de igualdade com eles, que se julgavam os defensores da Pátria. Esses militares temiam também que, no futuro, a referida lei viesse a ser anulada ou modificada e eles pudessem ser processados junto com os demais torturadores. Por isso criaram, na surdina, uma organização chamada GARRAS DO CONDOR, copiada em grande parte da OPERAÇÃO CONDOR, que vigorava em vários países latino-americanos e teve um centro de treinamento no Norte do Brasil. A organização GARRAS DO CONDOR, criada especialmente para o caso brasileiro, sem conhecimento do Governo, visava a proteger os militares de linha dura, rigorosos no combate aos “comunistas”, e a eliminar os ex-guerrilheiros considerados mais perigosos que, no entender desses militares, não deviam ter sido anistiados. No cerne da história, ficção baseada na realidade, está um camponês simples, que luta nas agruras da seca nordestina, sempre fugindo de antigos inimigos, informantes da ditadura militar, e de boatos que pudessem chamar a atenção sobre ele e levá-lo novamente à prisão. Dois ex-guerrilheiros que sabem da organização militar clandestina e de seus atos de tortura estão empenhados em descobrir provas contra os membros da mencionada organização. Documentos comprometedores vão sendo descobertos e começa, então, uma “queima de arquivos”.
Ficção