O ódio e o amor são sentimentos tão distintos, mas tão íntimos. Coisas intensas que crescem dentro de nós, capazes de destruir e derrotar nossa alma. O amor sempre foi representado na ficção como o causador de grandes problemas e tragédias. A semelhança entre eles se clareia na intensidade e no ápice que alcançam no interior de uma pessoa.
Em As Luzes de Recife podemos acompanhar um escritor iniciante se tornar a figura representante disso. Luiz caminha pelas ruas do Recife, refletindo sobre a escrita e sobre o seu amor em relação à sua melhor amiga, Sara. Amor que o Luiz jamais sentu a reciprocidade e isso sempre o fez cair na melancolia.
No entanto, nada o fez sentir dor maior do que descobrir que ela está grávida e pronta e pronta para se casar com um rapaz que conheceu na escola. A desolação se apodera de sua alma como sombras vindas de outro mundo.
Para ele, a única forma de lidar com aquilo é bebendo até esquecer tudo o que seu coração está sentindo.
Literatura Brasileira / Romance