Entre os gregos, o amor nasce como Eros na própria origem do Cosmos. Mas logo a ordenação do mundo grego abre espaço para Afrodite, que toma Eros como seu servo em sua corte Nos casamentos, nos leitos nupciais, nos ginásios e nos banquetes, Afrodite e Eros serão sempre homenageados. No tempo dos filósofos, a Grécia começa a se interrogar sobre Eros. É o amor bom em si mesmo? É uma divindade a que se deva louvar? Eros, que de potência originária fora realocado como servo de Afrodite, agora tem seu caráter divino questionado. Em Roma, a ascensão do Cristianismo consagrará um novo amor, Ágape. Também esse amor é divino, mas de outra maneira.
É o amor com o qual Deus ama seu Filho, o amor com que o Filho ama a Humanidade, sendo esse, agora, o ideal em que se espelham os cristãos.
Esse amor contém em si elementos incompreensíveis ao mundo Antigo, a começar por ser o próprio amor um mandamento, que ordena amar não apenas o estrangeiro, mas o inimigo.
Esse livro é uma busca pelos elementos fundamentais para a formação do amor no Ocidente.
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