Se muitas vezes já é difícil o convívio entre um filho jovem e um pai trinta ou quarenta anos mais velhos, imagine como fica quando a diferença de idade chega a quase trezentos anos. Haja conflitos de gerações... É o que ocorre com Vicente e seu pai-vampiro. O rapaz carrega consigo uma lista interminável de revoltas, e a sua existência quase eterna parece pouca para dar conta de tantos problemas existenciais. O pai-vampiro é superprotetor, e já viu acontecer de tudo na história da humanidade. Tudo o que ele não quer é o filho se metendo em encrencas. Mas como conter os ímpetos de uma alma adolescente? Vicente, como muitos jovens, quer se encaixar no mundo, libertar-se das asas paternas, ter a sua própria galera e um grande ideal. Sob os olhos desconfiados do pai-vampiro, resolve então se unir a outros revoltados - inconfidentes mineiros e alfaiates baianos - para lutar pela independência do Brasil. Em pleno século XVIII, ele ainda não poderá ouvir o brado retumbante "Independência ou morte!", mas vai agarrar a causa da soberania nacional com unhas e dentes, principalmente dentes.
Infantojuvenil