A narrativa mostra a vida na estância durante o século XIX. A partir da chegada de um botânico francês, a harmonia familiar se desintegra. Vão aflorando as paixões desenfreadas, crimes e traições. Como já ocorrera em Manhã Transfigurada, a mulher gaúcha revela-se independente e não aceita a submissão aos caprichos do homem passivamente, como só aconteceria na sociedade patriarcalista instituída a partir da Idade Média. Enquanto Baltazar Antão se ocupa com a guerra, Micaela o trai com Félicen, mesmo sabendo o quanto magoava a filha Isabel, também apaixonada pelo botânico francês. Descreve os pensamentos e sentimentos mais íntimos de duas mulheres, Micaela e Isabel, respectivamente mãe e filha, centrando o foco narrativo na mente dessas personagens.
O passado histórico do Rio Grande do Sul permanece apenas como tênue pano de fundo, salientando-se a criação de personagens complexas que, de certa forma, revivem o mito de Agamêmnon em pleno pampa.
Literatura Brasileira