Em sua maior parte, os contos aqui reunidos retratam situações absurdas e injustas. Em alguns contos, um indivíduo é oprimido por uma maioria ou enfrenta poderosas forças invisíveis, como ocorre em “É só um pulo”, em “Um viajante”, em “O Fugitivo”, em “Assimetria” e em “Fios”. Noutras estórias, indivíduos poderosos, ou não, abusam do poder que tem. Exemplo disso são os contos “O Telefonema”, “O Senhor Gerente e o prefeito”, “A Promoção do Supermercado”, “Um Hotel Estranho” e “O Construtor”. Abaixo, uma explicação condensada de algumas das estórias:
FIOS: uma mulher tenta se libertar dos inúmeros fios que lhe amarram.
ASSIMETRIA: uma pessoa é submetida a elevadas pressões e transforma-se num organismo assimétrico.
UM VIAJANTE: um fazendeiro obriga um viajante a trabalhar em sua fazenda superlotada.
É SÓ UM PULO: um passageiro que tem medo de altura é forçado a desembarcar de paraquedas.
O EDIFÍCIO FLUTUANTE: indivíduo acorda e percebe que os andares inferiores e superiores do prédio sumiram, restando apenas o andar no qual ele se encontra.
UM HOTEL ESTRANHO: homem enfrenta inúmero obstáculos (como um elevador que abre para o abismo) para entrar em quarto de hotel.
O FUGITIVO: homem atormentado com trabalho estressante dorme cada dia em um local diferente.
UM PRÊMIO INCÔMODO: cliente do banco tenta devolver prêmio milionário que ganhou em um sorteio promovido pela instituição bancária.
A EMBALAGEM DE BISCOITOS: menino joga embalagem no chão e causa um atropelamento.
O SENHOR GERENTE E O PREFEITO: diálogo no qual o senhor gerente do supermercado manda no prefeito da cidade.
O INVESTIDOR CONSTRUTOR: homem tenta transformar construção de casa em construção de um edifício, sem apresentar nenhum projeto aos operários.
Contos / Literatura Brasileira